Balanço da Temporada - GFA da Azambuja

O FORCADO AMADOR está a publicar um ciclo de pequenas entrevistas de balanço de temporada aos cabos de todos os Grupos de Forcados que actuaram este ano nas arenas portuguesas.
Depois dos cabos dos Grupos de Évora, Caldas da Rainha, Monforte, Monsaraz, Pinhal Novo, Montemor, São Manços, Beja, Lisboa, Moita, Vila Franca, Ap. Barrete Verde, T.T. Terceirense, Arronches, Ribatejo, Salvaterra, Alter, Apos. da Chamusca, Cascais e Acad. de Elvas, e que pode rever no separador "ENTREVISTAS", publicamos agora o balanço da temporada do realizada pelo cabo dos Amadores da Azambuja - Fernando Coração.

Na temporada em que assinalaram 45 anos de existências os Amadores da Azambuja actuaram por 10 vezes. Realizaram 43 tentativas para pegar os 26 toiros que enfrentaram, com uma média de 1,65 tentativa/toiro, posicionando-se no 21.º lugar do nosso Escalafon de Corridas (dados FORCADO AMADOR).

Decorria o ano de 1967,quando em 27 de Outubro, na castiça Vila de Azambuja,surgiu um grupo de forcados,a que se deu nome de Grupo Forcados Amadores de Azambuja com Fernando Barreto a cabo. Em 1971,recebe-se como cabo jose Antonio Felix,em virtude de Fernando Barreto, ter sido mobilizado para a guerra do ultramar. Em 1974 Francisco Vassalo assume o ccomando do Grupo e este começa a pisar as principais praças do país. Em 1986 ,passa a cabo Carlos Leonardo que dá seguimento ao grupo ate ao ano de 1996.
Foi em 1997,que passa a cabo Pedro Nuncio,mantendo-se ate ao ano de 2000. Em 2001 surge como cabo Luis Silva,que se mantém ate ao ano de 2002.O ano de 2003 e orientado por um forcado do grupo José Quiterio,ate que em 2004 Joaquim Carvalho passa a cabo,lugar que mantêm ate ao ano de 2006.Em Junho de 2006 e chamado a tomar conta do grupo como cabo Fernando Coração.

Forcado Amador (F.A.) - Quantos elementos se fardaram em 2012 com a vossa jaqueta?

Fernando Coração (F.C.) - 53 elementos, tendo em conta a corrida do aniversário onde fardamos antigos e actuais. Dos actuais fardaram esta época 30 elementos.

(F.A.) - Qual a idade do forcado mais novo, do mais velho e qual a média de idades?

(F.C.) - O forcado mais novo 15 anos, e o mais velho 44 anos. Temos uma média de idades a rondar os 25 anos.

(F.A.) - Qual o balanço geral da temporada de 2012 para o seu grupo?

(F.C.) - O balanço é positivo, tendo em conta a actual conjuntura, a diminuição do número de espectáculos realizados, pegamos em 10 espectáculos, mantendo o nível tanto em número como artisticamente, onde pisámos arenas importantes como Arruda dos Vinhos, Nazaré, Campo Pequeno. No geral, conseguimos passar com dignidade em todas as praças que pisámos esta época.

(F.A) - Qual o momento que destaca pela positiva em 2012?

(F.C.) - Pela positiva, destaco a corrida do nosso 45º aniversário, onde nos encerramos com 6 toiros de várias ganadarias, tendo fardados 50 elementos entre antigos e actuais. Foi uma festa muito bonita, cheia de simbolismo, e uma tarde de muita emoção para nós e todos os que nos acompanham.

(F.M) - E pela negativa?

(F.C.) - Pela negativa tenho de referir as falhas aos compromissos de algumas empresas para com o grupo, que se vêm fazendo sentir.

(F.A) - Infelizmente os forcados têm que saber conviver com as lesões provocadas por colhidas. Quais as lesões mais graves que ocorreram no seu grupo? E como estão a recuperar os forcados em causa?

(F.C.) - Graças a Deus, este ano foi muito positivo nesse aspecto, visto só termos sofrido uma lesão de maior destaque, do forcado Ricardo Paiva, que sofreu uma luxação no ombro na corrida de S. João da Pesqueira frente a um toiro Vinhas. E felizmente já está recuperado.

(F.A) - Uma mensagem para todo os que nos lêem...

(F.C.) - Que continuem a ser aficionados, pois o aficionado é o órgão vital da festa, que continuem a encher as nossas praças, e que continuem a defender os nossos interesses, para que nunca se perca a tradição e a dignidade que a Festa Brava tem. E por fim, que acarinhem cada vez mais os artistas da festa, sejam eles Cavaleiros, Peões de Brega, Forcados ou Matadores, lutem para que estes sejam os ídolos de uma nação, onde a Tauromaquia é a maior e mais importante expressão cultural.